O texto proposto ("O modelo dos modelos" de Italo Calvino) propõe que em uma circunstância
antiga existia um único modelo a ser executado para todas as realidades.
Compare-se a um modelo de escolarização que era executado em todos os casos. Um
padrão, relativamente alto, que elitizava a escola, valorizando alguns
conhecimentos em detrimento de outros. O aluno com alguma necessidade a mais na
sua educação iria encontrar estratégias em si mesmo ou encontraria a
desistência e o fracasso escolar.
O novo paradigma encontrado pelo personagem é a solução pra incluir mais
realidades a realidade existente no texto. O modelo intacto e engessado dá
lugar a uma variedade de modelos que se adaptam a uma série de situações. Hoje
o AEE trabalha com esta realidade. Não é só fazer o aluno ter a forma da
escola, mas a escola é que tem que tomar a forma do aluno através dos processos
de inclusão, adaptabilidade e acessibilidade. O processo de escolarização não é
um caminho estreito com uma porta, mas uma grande casa com muitas portas e
quartos. Algumas pessoas tem acesso a tudo, outros tem menos oportunidades, mas
todos estão dentro da casa e todos devem ter acesso a tudo.
Nosso desafio enquanto professores de Atendimento Educacional
Especializado é evidenciar e proporcionar aos alunos uma possibilidade de
acesso ao conteúdo e divulgar em muitos espaços esta “realidade não
padronizável”, como menciona o texto. Nosso trabalho se faz com esta mente
aberta e desembaraçada, que analisa e vê possibilidades incríveis onde outros
veem impossibilidades e limites.
Gostei muito do seu texto. Acho que somos as pessoas enquanto professores do AEE, que faremos a grande revolução do sistema educacional no que tange ao respeito e a credibilidade as pessoas com deficiência.
ResponderExcluirUma das lutas dos professores do AEE é a quebra dos modelos. Eles não nos ajudam. Eles não contemplam as necessidades dos nossos alunos. Eles silenciam as vozes das nossas crianças.
ResponderExcluir