A surdocegueira é uma deficiência
específica no resultante a perda ou ausência da audição e visão.
Estas duas deficiências sensoriais juntas formam uma deficiência
única, com abordagem específica, e seus resultados e
especificidades não são o resultante das duas perdas adicionadas,
mas seu efeito e prejuízo é multiplicado. Este publico apresenta
grande prejuízo pois não consegue, ou possui grande dificuldade em
observar, compreender e/ou imitar os membros de seu entorno como as
demais crianças, resultando ainda em mais este prejuízo social.
Podemos ter surdocegos de 4 tipos:
- Cegos que se tornaram surdos;
- Surdos que se tornaram cegos;
- Pessoas que se tornaram surdocegos e;
- Pessoas que nasceram surdocegos ou
adquiriram precocemente, antes de terem desenvolvido linguagem e
comunicação eficiente.
Para esta deficiência se faz muito
necessário um mediador que vai ser ferramenta neste processo de
inclusão e vivência, ensinando este sujeito a perceber o mundo de
forma tátil, ensinando-o a se defender e a expandir suas
experiências. Este professor/mediador tem o papel de construircom o
aluno uma comunicação eficaz, baseada no sentido do tato. O texto
proposto para a atividade conta das estratégias de mão sobre mãos
(orientar o movimento, onde o professor tem o controle) e mão sob
mão (orienta o movimento mas não controla, permitindo o discente a
explorar e manipular com segurança). Importante pensar, também, em
um ambiente que beneficie e favoreça a inclusão do surdocego e a
inserção de LIBRAS Tátil assim que for possível.
É considerado deficiência múltipla
(DMU), segundo o MEC, quando existe mais de uma deficiência
associada de áreas diferentes. Deficiências físicas, cognitivas e
sensoriais associadas uma a outra tornando o caso específico e, de
sobremodo, com necessidades únicas, que afetam o funcionamento
individual e social do sujeito. A surdocegueira é uma deficiência
que associa duas deficiências sensorais juntas. A DMU é diferente.
A peculiaridade da associação de
deficiências são uma questão a ser desenvolvida no âmbito
escolar, pois esta deve criar estratégias únicas para o
desenvolvimento da aprendizagem e da inclusão. As estratégias de
comunicação e de posicionamento deste indivíduo para o processo de
escolarização devem ser baseadas no respeito a individualidade e a
especificidade do caso a ser trabalhado, lembrando que a linguagem é
primordial para que este seja incluído no processo escolar e social,
faz-se desenvolver estratégias de comunicação.
No trabalho com uma pessoa com
deficiência múltipla se faz necessário desenvolver uma linguagem
que favoreça a comunicação deste com a escola e seus agentes e o
mundo exterior. A oferta de recursos e experiências para a
estimulação e interação deste com o seu meio é condição
importante para tal. Faz-se necessário também trabalhar a sua
postura e sua coordenação motora grossa e fina, de maneira global,
a fim de favorecer um melhor controle e tônus muscular.
Para ambas as deficiências deve-se
pensar em recursos que viabilizem uma rotina organizada. Caixas e
objetos de antecipação de atividades, calendários e pranchas de
comunicação são estratégias de tecnologia assistiva que podem ser
usados.
caixa de antecipação
prancha de comunicação
Como enriquecimento do tema sugiro que assista o filme black (disponível abaixo)
Referência: BOSCO,
Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA, Shirley R.
Coletânea
UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão
Escolar - Fascículo
05:
Surdocegueira e Deficiência Múltipla (2010).
Parabéns! Como ficou rico seu informativo! Adorei!
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