terça-feira, 11 de junho de 2013

ANÁLISE DA COMPARAÇÃO ENTRE AS PESQUISAS E OUTROS MUNICÍPIOS (Doug Alvoroçado)

Trabalhar na perspectiva da inclusão, no meu ponto de vista, é bem mais amplo do que se espera ver nas pesquisas e nos resultados, que nos oferecem dados, mas não dão clareza suficiente do que é melhor ou o que pode ser melhor para a educação.
Entendo que avançamos no conceito de Inclusão. A integração dos alunos ainda é existente no nosso meio, mesmo que essa seja chamada de inclusão. O que vemos em alguns lugares é que o AEE e a educação especial, que são os fomentadores da Inclusão trabalham como os agentes da exclusão, separando o aluno da sala de aula e não permitindo que este socialize e interaja com seus pares. Porém a vertente que pretende acabar com a escola especial me é também cruel. A inclusão deve ser vista caso a caso, passo a passo, nota a nota, progresso a progresso.
A educação especial, no meu ver, deve deixar de ser evento especial e se tornar educação inclusiva. Para todos. Deficientes ou normais. Com síndromes, transtornos ou falta de perspectivas escolares. O conceito de Escola comum deve ser associado ao Comum de Comunidade, comum a todos, não ao conceito de algo que não seja incomum, ou raro. Por isso precisa-se fortalecer o trabalho da proposta da Inclusão, ampliando o AEE não como um profissional, mas um corpo de profissionais, como também preparar professores em aceitar e oferecer sua didática a esse alunado, fazendo-os acreditar que é possível.
Na analise das pesquisas observei vários municípios. Florianópolis, um de São Paulo, Manaus, Goiânia. Observamos que o Rio de Janeiro é um município enorme e possui uma rede muito grande, comparado a outros municípios. Porém a pesquisa afirma que a maioria das pessoas afirmam que as SEM atendem a demanda. Precisamos saber que demanda é essa também. A pesquisa de Manaus aponta o contrário do que diz Florianópolis e São Bernardo do Campo. A Demanda é aquém e faz-se necessário ter mais salas de Recursos.
Questão que ficou claro a semelhança entre as pesquisas analisadas é que a Educação necessita de parcerias com a comunidades e outras esferas, como a clínica. Ponto pacífico é que a maioria dos alunos matriculados frequentam o a SEM no contraturno, existindo a frequência no turno letivo em alguns casos de necessidade ou escola de turno único, conforme esclarece o Decreto n° 6.252, de 13 de novembro de 2007.
Outro ponto pacífico é que a proposta de Inclusão e o AEE devem estar presente no PPP da escola. São Bernardo do Campo e Florianópolis precisam investir mais nisso como diz o Art 10 da Resolução nº4, de 2 de outubro de 2009.
Conforme decreto nº 7.611/2011: Cabe à União apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino, para que possa, dentre outras ações, garantir a adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade (Art 5º §2º V). Em todos os municípios encontramos algumas falhas na acessibilidade. Não sei informar se em virtude da variedade de especificidades dos alunos que cada dia precisam de adequações diferentes mediantes deficiências e síndromes diversas, ou se verdadeiramente é falta de investimentos e ainda temos a visão do deficientes trancado em casa, reflexo de como a sociedade vê essa inclusão, não só escolar, mas social.
Como resposta positiva da pesquisa temos a certeza que a proposta da inclusão com o oferecimento do AEE melhora (e muito) o desempenho dos alunos, mesmo com falta de materiais e adequações. O trabalho complementar e suplementar de “acreditação ” do profissional que se propõem a dirimir as barreiras do aluno é o tempero que faz toda a diferença e muda a história destes alunos, ainda marginalizados, mas alcançando novos níveis e perspectivas sociais.

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